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Vamos por parte. Cada pessoa é um indivíduo. Os indivíduos vivem juntos. Isso chamaremos de coletivo. Sendo o coletivo não apenas a soma de todos os indivíduos, mas também uma criação abstrata maior chamada de sociedade, cabe aqui acrescentar que o que o coletivo luta é pelo bem comum. Bem comum é tudo aquilo que nós desejamos que o Estado nos forneça de melhor qualidade: saúde, educação, segurança e outros pontos mais. Só que há um pequeno problema nessa nossa equação. O coletivo, antes de ser coletivo, é indivíduo, e muitas vezes, para não dizer sempre, esse indivíduo, ou pessoa, jamais se preparou para lutar pelos seus direitos.
Ele, solitariamente, deveria seguir um processo de autoconhecimento pelos melhores princípios humanos: o respeito pela vida, afeição pela fé (contrário da dúvida, aquele que acredita) e a eterna busca de se tornar um indivíduo melhor, mais justo e solidário para com o próximo. O bem comum é uma coisa abstrata que temos a mania de cobrar a uma outra unidade abstrata, o Governo ou o Estado. Nenhum dos três termos citados existe de forma concreta, mas são talhados ou gerenciados por pessoas.
A questão é que de tanto escutarmos que apenas o coletivo soluciona os problemas, jogamos toda a responsabilidades e nossos desejos nele. Além disso, transferimos a responsabilidade para o Estado e aguardamos as mudanças. Portanto, não somos preparados para atuar na vida política e social de forma individual: o que faz crer que, de forma independente e despreparada, aglomerando essa multidão, as coisas vão se resolver? Não adianta fazer manifestação se não compreender as formalidades legais do problema. Toda crítica deve ser seguida de uma solução, caso contrário, são palavras vazias e gasto desnecessário de saliva.
Os últimos protestos foram dessa forma: discutiam-se questões ligadas ao município e culpavam o Governo Federal da lástima social e nada de sugestões ou soluções pela parte reclamante. Apenas provas do despreparo individual. Uma pessoa pode fazer toda a diferença, quando bem preparada. A história não é escrita dessa forma? Quem foi Jesus Cristo ou Mahatma Gandhi senão apenas indivíduos que queriam um mundo melhor? Foram indivíduos que coordenaram coletivos, jamais o contrário.
São ideias individuais que norteiam e criam novas perspectivas para a sociedade. Somos eternamente responsáveis por todas as mazelas ao nosso redor, não apenas o Governo ou o Estado, aliás, os dois são apenas reflexos de nossas ações cegas e hipócritas: não basta pregar o amor e respeito ao outro em público, se quando se está sozinho, se enoja ao ver o desafortunado que dorme na rua e não há fundamento de falar de sustentabilidade se ainda joga lixo na rua. Precisamos evoluir. Transcender. Deixar essa velha forma de indivíduos e nos tornamos seres humanos de verdade. Um a um.
Estêvão Lima Arrais
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